A vida é muito curta para papéis ruins...

Dei uma pausa, nem que seja por um rabisco, no projeto família. Não diria que foi uma completa ideia de jerico começar o projeto mas foi completamente imbecil deixar a família ciente antes de terminar. Ou pelo menos antes de uns 02 anos depois que eu tivesse terminado. As pessoas criam expectativas, e eu não queria criar expectativas. Queria apenas que depois de alguns anos rabiscando algumas coisas aqui e acolá, eu tivesse algo com um pouco mais de significado do que simplesmente lidar com fotos de estranhos em revistas...

Mas sabe? Lidar com fotos de revistas sem nome e sem ligação pessoal parece um caminho mais adequado para o sossego.

Aproveitei que eu já estava cansada do papel liso e sem graça do sketchbook para começar um novo bloco de papel da Canson que eu estava guardando há algum tempo. E é muito diferente mesmo desenhar em um papel que está muito melhor preparado para o grafite, para uma borracha recorrente e para a ida e volta necessária. Fiquei nesse desenho algum tempo todos os dias nos últimos 04 dias... Dificilmente eu consigo tempo em um dia para terminar algo como isso em apenas um dia. Ou seja, não sei nem porque guardo tanto os papéis um pouco melhores (sem falar dos bem melhores). Tenho medo de desperdiçar mas... Mesmo que eu fosse extremamente produtiva, seriam 365 folhas em um ano; algo como 18, 19 blocos no ano. Gostaria de poder dizer que eu tenho menos que isso na fila mas, a loucura acumuladora é grande - então eu poderia ficar desenhando um ano sem visitar a loja de materiais... Então por que tanto zelo não é mesmo?

O rabisco que ilustra esse post...

Voltando aos desconhecidos de folhas de revista. Achei que o resultado desse desenho foi "agradável". Quanto mais eu rabisco, mais eu vejo as falhas que eu tenho que corrigir - mesmo que ainda não saiba exatamente como - por exemplo: várias regiões do desenho estão chapadas, e não tem o aspecto tridimensional adequado.

Ainda não fico satisfeita também com as gradações de cinza, que gostaria que fossem mais suaves. Outra coisa que me surpreendeu, é a falta de cuidado com as medidas básicas - eu fico querendo treinar o olho, e acabo perdida nisso. Nesse caso por exemplo, referências e rabisco eram do mesmo tamanho - no entanto, horas depois de começar eu percebi uma diferença grosseira nas medidas (o rosto do desenho estava extremamente mais curto do que da referência). Mas a minha mania de ter desenhos "para mamãe ver" não me deixou parar e recomeçar. Deixei como estava, e melhor sorte na próxima.

Rascunho 24
Semelhança ainda precisa ser trabalhada,
mas é um alívio um pouco de textura no papel para variar.

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